Amor
Quando oiço a tua voz enfraquecida
Olhando para o chão
Fico a relembrar
Tudo quanto eras querida.
Quando volteavas no ar
Ao som da música apetecida
E eu era o teu par.
Hoje dançamos doutra maneira,
Na corda bamba da velhice,
Com o anátema da canseira.
Mas tu, ainda és tu,
E eu, ainda sou eu.
Dêmos graças a Deus
P’lo destino que nos guiou,
Pois não sei,
Se debaixo destes céus,
Houve quem mais amou.
[Fernando Barão, in “Escapes de uma Vida”]
(Fotografia do Arquivo da família de Fernando Barão)
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