quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

"Fernando Barão a SCALA e as suas Gentes" (explicação dos pássaros)

 


explicação dos pássaros:
 
Esta exposição é, quase, uma “reportagem fotográfica” (com 100 imagens…) sobre a passagem extremamente rica, e importante, de Fernando Barão, na SCALA, como dirigente e também como contador de histórias, escritor e fotógrafo.
 
Esta exposição divide-se pelo menos em seis grupos.
 
O primeiro é quase simbólico, dá algum enfase à fundação da SCALA e aos seus fundadores, dos quais Fernando Barão foi o mais influente, o que mais contribuiu para o seu crescimento, enquanto colectividade, e também para o seu papel bastante activo e singular no movimento associativo local.
 
O segundo prende-se com as actividades de Fernando Barão e da própria SCALA, enquanto escritor, associativista e homem de todas as culturas. É dado um relevo aos espaços (“Dragão Vermelho”, “Café com Letras”, “Doces da Mimi”, Oficina de Cultura, Incrível Almadense, etc.) e também às actividades (tertúlias, palestras, lançamentos e apresentações de livros, entrega de prémios, sessões de poesia, inaugurações de exposições, etc.)
 
O terceiro, talvez o mais significativo, é a mostra de fotografias em que se percebe, claramente, que Fernando Barão, foi mesmo o “Rei das Tertúlias” que se realizaram durante mais de uma década no café Dragão Vermelho. Além de ter sido o “Pai” das e o principal anfitrião nos primeiros anos, foi também protagonista de várias “Tertúlias”, onde além do seu talento como contador de histórias, também foi visível a sua faceta teatral, a sua alegria e o seu companheirismo.
 
O quarto será o lado mais institucional, onde além de aparecer ao lado do “poder”, também se recordam as homenagens que lhe foram feitas durante as passagens do seu octogésimo e nonagésimo aniversário.
 
Por ser um grande Amigo do seu Amigo e gostar tanto de fomentar a Amizade, há três quadros onde Fernando Barão aparece com inúmeros amigos Scalanos (como é normal nestas coisas, não houve espaço para todos, mas tentou-se ser o mais abrangente possível…).
O último grupo surge apenas com o intuito de completar o número “100”, com o aproveitamento de alguns cartazes que já estavam feitos, com as capas das suas obras literárias e boletins.
 
Sei que foi uma maneira quase “louca” de homenagear um grande Amigo, com tantas fotografias, mas talvez seja a única forma de ajudar todos aqueles que não conheceram o Fernando Barão, a perceber a sua real dimensão na SCALA, como Associativista e como Cidadão Almadense.
 
Luís Milheiro

Nota: Achámos por bem fazer um folheto explicativo da exposição, para que seja mais facilmente "digerida" e compreendida.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

"Fernando Barão a SCALA e as suas Gentes"

 


Esta exposição, pode-se dizer que foi uma daquelas loucuras que nos passam pela cabeça, sem pensarmos bem onde nos estamos a meter...

Só quando começámos a procurar, a escolher imagens, é que percebemos a "grandiosidade" do número 100.

E agora o mais importante é aparecer e ver...

Todos aqueles que acompanharam o Fernando Barão na sua passagem pela SCALA, que ajudou a fundar em 1994 (festeja 30 anos neste ano de Centenário...), estarão presentes, aqui e ali, neste conjunto de fotografias e imagens, "Fernando Barão a SCALA e as suas Gentes".


quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Cacilhas, a "Terra dos Burros"...


A multidisciplinaridade de Fernando Barão, coloca algumas dúvidas na forma como devemos dar continuidade a este blogue.

Talvez seja importante focarmo-nos um pouco em Cacilhas, a localidade ribeirinha onde o Fernando nasceu, cresceu e se tornou adulto, inserindo-se muito bem no seu tecido social desde cedo.

Embora nascesse num lar simples, filho de um pequeno comerciante, nunca passou as dificuldades de uma boa parte dos amigos de rua e de escola, que descendiam de gente pobre e humilde.

Mas sempre manteve uma ligação forte às pessoas simples da sua Terra, que acabaram por ser fonte de inspiração na sua função de "escriba local".

Fernando Barão também nunca se sentiu incomodado com a ligação que faziam das pessoas às burricadas, dizendo que Cacilhas era a "terra dos burros". Era até menino para brincar com o assunto e oferecer um ou dois "coices" a alguém mais atrevido, ou contar uma anedota das suas...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

"O (nosso) Barão de Cacilhas"


Fernando Barão sempre foi conhecido pelos amigos, de uma forma descontraída e alegre, como o "Barão de Cacilhas". 

Embora ele prezasse muito os seus valores democráticos republicanos, não só não se incomodava com este tratamento, como era menino para "alimentar" a graça, aqui e ali.

Quando o Fernando completou 90 fez-se um espectáculo no Salão de Festas da Incrível, memorável, organizado pela Incrível, SCALA e O Farol. Houve espaço para a música, para a poesia, para o teatro e até para o cinema (com um pequeno filme realizado pelo seu neto mais velho, o Pedro).

O pequeno número de teatro que subiu ao palco, foi mesmo sobre "O Barão de Cacilhas". A pequena peça de um acto interpretada por Francisco Gonçalves, Orlando Laranjeiro, José Ganhão e Luís Milheiro (autor do texto) era uma comédia, onde se brincava com o facto de existir um Barão em Cacilhas em plena República.

Nota: Existiu mesmo um Barão de Cacilhas no século XIX. A Rainha D. Maria II agraciou um dos militares que mais se destacaram nos combates da Guerra Liberal, contra as forças militares do brigadeiro Teles Jordão (que seria derrotado e morto em Cacilhas a 23 de Julho de 1833), o coronel Romão José Soares, com o título de Barão de Cacilhas.


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

O nosso Fernando faz hoje cem anos


Fernando Miranda Barão nasceu em Cacilhas, a 2 de Janeiro de 1924, há exactamente cem anos.

O Fernando não teve só uma vida longa (deixou-nos a 25 de Maio de 2020...), teve também uma vida cheia, que merece ser contada.

É por essa razão que vai ser recordado e homenageado neste seu blogue, ao longo do ano, para que possam conhecer melhor esta figura impar do Movimento Associativo e da Cultura Almadense. 

Além de ter sido dirigente das principais colectividades do Concelho de Almada, Fernando foi, um "renascentista da Cultura". Nunca se deixou "espartilhar", fez sempre o que lhe apeteceu, desde a fotografia, passando pelo teatro e até pela música.

Claro que a sua maior paixão (e talento) foram as palavras, contadas e escritas. Foi um dos raros homens das letras que conseguiu ter a mesma arte para "escrever e para contar" (e como ele adorava oferecer-nos uma história ou uma anedota, para nos ver sorrir...).

Resolvemos colocar neste começo do seu centenário, uma das últimas fotografias que lhe tirámos (em sua casa...), pouco tempo antes de nos deixar, num alegre convívio com alguns dos elementos da "tertúlia do bacalhau com grão".

(Fotografia de Luís Eme - Verdizela)


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Este é o primeiro dia de Fernando, o "Barão de Cacilhas"


Uma das boas maneiras de começar o ano, é fazer logo no primeiro dia uma coisa nova. 

E não faz mal que esteja longe de ser a "coisa mais popular do mundo". Sim, os blogues já quase que fazem parte da "idade da pedra" (nada que me incomode muito).

O mais importante é que este blogue vai homenagear um dos meus grandes amigos dos últimos trinta anos, no Concelho de Almada, que amanhã faz a bonita idade de 100 anos.

Aproveito, mais uma vez, para fazer história, contando histórias de um grande Cacilhense, que é sem sombra de dúvida, uma das grandes figuras da cultura e do associativismo de Almada, do século XX, o Fernando Barão.

E por tudo isto (e mais alguma coisa...), vão aparecendo por cá.



100 Poemas de Fernando Barão (6)

Amor     Quando oiço a tua voz enfraquecida Olhando para o chão Fico a relembrar Tudo quanto eras querida.   Quando volteavas no ar Ao som d...